18/06/2007

Carlos Chagas

Nome completo: Carlos Ribeiro Justiniano Chagas.
Data de nascimento e de morte: 9 de Julho de 187_
Data de morte: 1934
Nacionalidade: Oliveira (MG)
Filiação: José Justiniano Chagas e Mariana Cândida Ribeiro Castro.

Mineiro de Oliveira, Carlos Chagas era médico e pesquisador. Ganhou fama em todo o País e, ainda, no exterior, pelo seu feito inédito: foi o único pesquisador a identificar todas as etapas do ciclo de uma doença, que ficou conhecida como Doença de Chagas.

Carlos Ribeiro Justiniano Chagas nasceu no dia 9 de julho de 1878 na Fazenda Bom Retiro, em Oliveira, cidade do sudoeste de Minas Gerais. Seu interesse pela Medicina surgiu ainda na infância, por influência de um tio que possuía uma clínica na região. Apesar do desejo da mãe de ver o filho mais velho seguir carreira em Engenharia, Chagas ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1897.

Nessa época, o Rio de Janeiro era uma cidade marcada pelas precárias condições sanitárias e freqüentes epidemias. O saneamento urbano era visto, então, como imprescindível para o progresso do País. Ao mesmo tempo, as faculdades sofriam a influência da revolução pasteuriana e começavam a valorizar a medicina experimental e a pesquisa em laboratório. É nesse cenário que Chagas conclui seu curso. Sua tese de doutorado, Estudos Hematológicos no Impaludismo, foi orientada por Oswaldo Cruz e defendida no Instituto Manguinhos, que mais tarde receberia o nome de Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Ao lado daquele que seria seu mentor, Chagas passou a trabalhar na área de saúde pública, principalmente no controle da malária. Em uma das viagens no combate à moléstia, ele chegou a Lassance, no norte de Minas, cidade onde realizou sua famosa descoberta. Observando insetos que proliferavam nas paredes das casas de pau-a-pique e que picavam o rosto das pessoas enquanto elas dormiam - motivo pelo qual eram conhecidos como "barbeiros" - o cientista encontrou um tipo de tripanossomo até então desconhecido.



.Fonte: Biblioteca Virtual Carlos Chagas (www.prossiga.br/chagas)
Há 69 anos, morria Carlos Justiniano Ribeiro Chagas, ou simplesmente Carlos Chagas. O médico e sanitarista nasceu em 9 de julho de 1879, na cidade de Oliveira, oeste de Minas Gerais, e ficou órfão de pai aos 4 anos. Interno no Colégio dos Jesuítas em Itu e, depois, em São João Del Rey, fez o preparatório para a Escola de Minas em Ouro Preto, atendendo ao desejo de sua mãe, que queria vê-lo formado em Engenharia.

Aos 16 anos, porém, sua verdadeira vocação se manifestou e, em 1897, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Concluído o curso, escolheu como tema de sua tese o "Estudo Hematológico do Paludismo (1903), o que o colocou pela primeira vez em contato com Oswaldo Cruz. Apesar de sua admiração pelo sanitarista, Chagas recusou um convite para permanecer em Manguinhos, por se sentir atraído pela clínica.

Em 1905, realizou a primeira campanha de profilaxia contra a malária, em Itatinga, interior de São Paulo, conseguindo em pouco tempo controlar o surto. Foi a primeira campanha antimalárica bem sucedida na história desta doença. Seu método consistia em observar e descrever minuciosamente a transmissão intra-domiciliar da malária. O resultado desse trabalho serviu de base para o efetivo combate à moléstia no mundo inteiro.

Voltando de São Paulo ingressou, em 1906, nos quadros do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), onde trabalharia durante toda a vida. No ano seguinte, foi enviado por Oswaldo Cruz, junto com Arthur Neiva, para combater uma epidemia de malária em Xerém, na Baixada Fluminense.

Em fins de 1907, encarregado por Oswaldo Cruz, Carlos Chagas viajou, com Belisário Penna, para Lassance, arraial quase às margens do Rio São Francisco, onde a malária devastava o acampamento dos trabalhadores da E. F. Central do Brasil. Instalou sua casa e seu laboratório em um vagão de trem.

No povoado, observando a infinidade de insetos hematófagos, barbeiros, alojados nas paredes de pau-a-pique das moradias, decidiu examiná-los. Encontrou neles um novo parasito, que chamou de Trypanosoma cruzi, em homenagem a Oswaldo Cruz. Verificou que o parasito era patogênico para animais de laboratório e descobriu sua presença em animais domésticos. Paralelamente, Chagas já havia detectado nos habitantes da região alterações patológicas inexplicáveis. Começou então a pesquisar as ligações entre o novo parasito e a condição mórbida daquela população.

A 23 de abril de 1909, Chagas descobriu pela primeira vez o parasito no sangue de um ser humano: uma menina de três anos, Berenice, em plena fase aguda.

O trabalho de Chagas é único na história da medicina: inicialmente, a descoberta do agente patogênico, depois, seu estudo e, finalmente, a descrição da moléstia por ele provocada - tudo isso realizado por um único pesquisador. Foi ele ainda o primeiro a descortinar a importância social da nova doença, entre as endemias que assolavam o País.

A repercussão de sua descoberta foi enorme, tanto no Brasil quanto no exterior. A Academia de Medicina, fato singular em sua história, fez de Chagas membro extraordinário, já que, naquele momento, não havia vaga disponível. "O descobrimento desta moléstia constitui o mais belo exemplo do poder da lógica a serviço da ciência. Nunca até agora, nos domínios das pesquisas biológicas, se tinha feito um descobrimento tão complexo e brilhante e, o que mais, por um só pesquisador," diz Oswaldo Cruz.

O prêmio Schaudinn, conferido ao autor do melhor trabalho sobre protozoologia realizado até então, e que só havia sido dado ao cientista Prowaseck, foi outorgado a Carlos Chagas em julho de 1912, como homenagem do Instituto de Doenças Tropicais de Hamburgo, na Alemanha.

Sua obra, porém, não se restringiu à doença de Chagas. Foi o primeiro a descrever as lesões da medula óssea na malária, descobriu novos e importantes transmissores e revolucionou sua época ao afirmar que a malária era uma infecção domiciliar, o que provou posteriormente com o sucesso de suas campanhas.

Ainda em 1912, Chagas realizou uma expedição ao vale do Amazonas, fazendo um completo levantamento médico-sanitário e das condições de vida dos habitantes daquela região.

Ao morrer Osvaldo Cruz em 1917, Chagas assume a direção do Instituto de Manguinhos. No ano seguinte, foi chamado pelo governo brasileiro para chefiar a campanha contra a epidemia de gripe espanhola, que assolava o Rio de Janeiro. Em seguida foi encarregado pelo presidente Epitácio Pessoa de elaborar um novo código para a Saúde Pública. O novo regulamento, uma segunda reforma sanitária, foi aprovado em 1919 e entrou em vigor a partir de 1920. Criava o Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), em substituição à antiga Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP), responsável pelos serviços sanitários terrestres, marítimos e fluviais e pelos serviços de profilaxia rural.

Designado chefe do DNSP, criou diversos serviços especializados de saúde, como o de higiene infantil, de combate às endemias rurais, à tuberculose, à hanseníase, às doenças venéreas. Criou ainda escolas de enfermagem e estabeleceu a formação de médicos sanitaristas. Em 1925 foi nomeado professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Lá, criou a cadeira de moléstias tropicais e estabeleceu as bases do estudo de higiene em nosso país. Além disso, Carlos Chagas representou o Brasil em vários comitês internacionais, principalmente como membro permanente do Comitê de Higiene da Liga das Nações.

Fonte: Fiocruz.br




Alunas: Tatiana Milena. Nº34
Kamila da Luz. Nº20
Série: 8ªA
Prof: Elair de F. Palhano Tavares.
Matéria: Ciência

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